Fórum de Servidores pressiona deputados e pede reajuste de 7,45%
Nesta semana, o Fórum de Servidores Públicos de Mato Grosso Sul realiza uma série de ações para pressionar a classe política e sensibilizar a população sobre a luta pelo reajuste salarial e valorização dos mais de 40 mil servidores públicos estaduais.
Na segunda-feira (dia 10), foi realizada uma coletiva de imprensa em frente à Governadoria, no acampamento dos policiais civis. Na ocasião, os sindicatos que integram o Fórum de Servidores anunciaram indicativo de greve geral, a partir do dia 25 de julho, caso o governo não aumente o reajuste linear a todas as categorias.
Os servidores estão decepcionados com o percentual de 2,94% apresentado pelo governador Reinaldo Azambuja. Segundo o coordenador geral do Fórum, Fabiano Reis, o ideal seria a reposição da inflação, equivalente a 7,45%.
Na terça-feira (dia 11), os coordenadores do Fórum foram até a Assembleia Legislativa para buscar o apoio dos deputados e defender o direito constitucional dos servidores públicos de ter ao menos a reposição inflacionária anual.
O Fórum dos Servidores também divulgou uma nota rebatendo o argumento do Governo do Estado de que não há recursos disponíveis para o reajuste salarial. De acordo com o comunicado, desde o início da atual gestão, o Estado já recebeu R$ 2,7 bilhões, contabilizando recursos não previstos no orçamento e perdão da parcela da dívida com a União, entre outros benefícios.
Por outro lado, o governo do Estado sustenta em entrevistas à imprensa que a proposta de 2,94% de reajuste de índice geral é o que cabe nas finanças, isso por causa da queda do ICMS, além da crise econômica que o país enfrente. O Executivo tem ressaltado ainda que se o índice for maior, poderá ocorrer parcelamento da folha de pagamento ou atrasos, conforme já ocorre em outros estados.
Negociações do Sinterpa
O Sinterpa acompanha a reivindicação pelo reajuste de 7,45% e, ao mesmo tempo, continua as negociações de questões específicas, dentre elas, a reivindicação de 6 horas/diárias para os servidores da Agraer (agências local e regionais).
Outro ponto em discussão é um nivelamento dos salários dos cargos de chefia para profissionais de carreira da Agraer, já que cerca de 120 servidores têm remuneração defasada em relação a outros órgãos e com as funções semelhantes.
Segundo o presidente do Sinterpa, Edimilson Volpe, a diretoria do sindicato deve realizar reuniões regionais para debate mais aprofundado da situação e, no final do mês de julho ou início de agosto, deve ocorrer uma convocação para assembleia geral – isso vai depender da evolução das negociações.
Por: Assessoria de Comunicação do Sinterpa