Agricultura familiar impulsiona produção de alho no município de Nova Andradina
Amados por uns e odiados por outros, o alho é um tipo de condimento muito utilizado em lares e restaurantes brasileiros que optam pelos sabores naturais aos temperos prontos que nem sempre são recomendáveis a nossa saúde, devido à alta concentração de sódio.
E os benefícios desse vegetal não se restringem apenas ao consumo. Antes mesmo de ir à panela ou chegar ao nosso organismo, o alho prova que tem vantagens também no cultivo. Isso porque na agricultura familiar ele tem se demonstrado viável para o cultivo. “Não ocupa muita terra e tem rentabilidade de preço. Não é tão trabalhoso, é um produto que todo mundo usa e se caso o preço de mercado não estiver bom é possível armazenar por até seis meses, bem diferente do que acontece com as hortaliças”, afirmou o produtor Aparecido de Souza, que também é conhecido como Cidão no assentamento Santa Olga, no município de Nova Andradina.
Em um sítio de 7 hectares, Aparecido separou 600m² para montar os canteiros e se diz satisfeito com os resultados. “Já vendi uns 22 quilos de alho e tenho mais encomenda. Então, tudo o que tenho já está comprometido. A mão de obra é nossa, minha, da minha esposa [Marta Pereira] e filha [Edilaine Pereira]. Não demanda muita gente para a lida no campo e parte do serviço é feito com a patrulha mecanizada da associação. Patrulha que inclusive foi dada pela Agraer”, conta o produtor que se diz satisfeito com o apoio recebido. “Tudo o que precisei me atenderam. O Sandro, o Rodrigo e até a Shirley estão sempre atendo bem. Não tenho do que reclamar”.
Enquanto aprende com o cultivo do alho, o produtor rural complementa a renda com outras atividades. “Vendo frango caipira, também temos leite na propriedade, estamos com 50 mil pés de abacaxi para serem colhidos e plantamos alface, cenoura, beterraba e cheiro verde”, quantifica.
Para o próximo ano, a meta é expandir os negócios com o alho. “Fiz dois canteiros este ano e quero preparar 15 para o próximo e chegar de 800 a 1 mil quilos colhidos. Estou contente com o resultado e posso vender o alho em feiras, mercado e até incluir no PNAE, que é o programa que permite a venda de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar”, diz o agricultor.
“Pela merenda a gente consegue comercializar os produtos fora da cidade dependendo do tipo de alimento. Cada agricultor tem o direito de vender em um ano o valor de R$ 20 mil para o município, R$ 20 mil para o Estado e R$ 8 mil pelo Programa de Aquisição de Alimentos, PAA. Aqui, vendo para hospitais pelo PAA”.