Agricultor familiar mostra que é possível produzir muito em um pequeno espaço de terra
- Assessoria Sinterpa
- 26 de jan. de 2018
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Em uma propriedade localizada no assentamento Primavera, no município de Taquarussu (MS), cerca de 330 km de distância de Campo Grande, capital do estado, o agricultor familiar, Claudio Sales, 53, é exemplo na comunidade onde mora, em como produzir muito, em um pequeno espaço de terra.
Foram nove anos de luta para conseguir a tão sonhada propriedade rural, proporcionada através do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Em apenas 3,66 hectares, o agricultor, com ajuda da família, produz hortaliças, legumes, frango, ovos e leite. Claudio também aposta em uma pequena criação de suínos e em um tanque experimental de peixes.
A produção é comercializada por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), nas feiras livres, nas lanchonetes, em restaurantes e até no facebook. “Essa foi ideia da minha esposa Ana Claudia. Com a ajuda da internet foi possível aumentar a venda de frangos, e não estamos conseguindo nem atender a todos que querem”, orgulha-se.
Incentivo
A aquisição de crédito pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foi essencial, afirma Cláudio. “Com o financiamento de R$ 25 mil, foi possível investir no poço semi-artesiano, na compra de uma caixa para ajudar na irrigação, na assistência técnica e na aquisição de uma parte do sombreado”.
Os agricultores familiares da associação de Primavera também contam com assistência técnica e o apoio da equipe da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário do Mato Grosso do Sul (DFDA-MS). Hoje com uma renda líquida de R$ 10 mil mensais, Claudio Sales vive e produz em sua propriedade ao lado da esposa, Ana Claudia, e dos filhos Matheus Henrique, Lucas e Caíque.
Exemplo de garra e superação, o agricultor garante que é preciso acreditar. “Comercializar, é simplesmente não ter a vergonha de vender aquilo que tem. O produtor tem que parar de ter vergonha, e começar a ter orgulho daquilo que ele faz. Porque tem muitos que comem, e muitos poucos que plantam. Tem que acreditar. Esse é o conselho.”