Agricultura familiar de MS movimentou mais de R$ 800 milhões nos últimos quatro anos
A agricultura familiar de Mato Grosso do Sul movimentou mais de R$ 800 milhões nos últimos quatro anos, conforme balanço apresentado pelo Governo do Estado. No mesmo período, a Agraer capacitou cerca de 10 mil agricultores.
O valor de mais de R$ 800 milhões engloba as inúmeras ações do Executivo Estadual, desde a compra de equipamentos agrícolas, incluindo as conhecidas patrulhas mecanizadas, até a elaboração de projetos para acesso as linhas de crédito do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar), e para a comercialização de alimentos na merenda escolar e demais entidades públicas.
“Todo o montante movimentado ao longo deste período corresponde à soma dos esforços dos servidores da Agraer, em sintonia com a equipe da Semagro, governo do Estado, parlamentares, parceiros e, claro, os próprios agricultores familiares que, durante o dia a dia no campo, trabalham e, ainda, depositam confiança em nossos profissionais de Ater”, afirmou o diretor-presidente da Agraer, André Nogueira.
Só em tecnificação do campo foram aplicados mais de R$ 25 milhões, o que em unidades representam mais de 1.300 equipamentos entregues. Isso sem contabilizar as duas ultrassons para fins de uso veterinário em rebanhos de leite, as duas vans compradas recentemente para trabalhos de titulação de lotes em assentamentos e os 70 veículos adquiridos para uso dos extensionistas.
Políticas públicas
Em termos de comercialização de alimentos, os números do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), e PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), também são animadores. “Em 2015, fechamos o ano com a movimentação de R$ 440.320,00 em comercialização de alimentos da agricultura familiar dentro da merenda escolar entre colégios municipais e estaduais. Agora, o saldo de 2018 chegou a R$ 10.067.223,24. O PAA também teve expressividade, mais que triplicando de valor, em 2015 foram R$ 440 mil injetados na agricultura familiar do Estado, e neste ano chegamos a R$ 1.902.094,75”, contabilizou André.
O Pronaf, por se tratar de linhas de crédito direcionadas especificamente aos agricultores familiares, foi o que mais promoveu a circulação de dinheiro no setor. Isso porque os cálculos de financiamentos para melhoria dos sítios giram em cerca de R$ 770 milhões nos últimos quatro anos.
“Sabemos que 80% dos projetos do Pronaf, elaborados em Mato Grosso do Sul, são feitos pelos técnicos da Agraer. Somos uma instituição que está presente nas 79 cidades do Estado e é importante frisar que o Pronaf é uma política pública importante por oferecer financiamento abaixo da taxa Selic, considerada a taxa básica de juros da economia brasileira”.
O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) é outra política pública que vem mostrando bons resultados dentro de Mato Grosso do Sul. De 2015 para cá, já foram implantadas 9 comunidades agrícolas, beneficiando 500 famílias, com a destinação de R$ 40 milhões na compra de terras, dinheiro adquirido através de financiamento bancário.
Proacin
Os indígenas também viram uma ação pioneira no Estado, a criação do Proacin (Programa de Apoio às Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul), que contou com a ordem de R$ 1.262.00,00 entre o dinheiro alinhado para compra de sementes de feijão, milho e óleo diesel (trator) e uma ordem de R$ 435 mil para reforma de 41 tratores em 62 aldeias. Máquinas que estavam impossibilitadas de uso devido ao desgaste de uso e ação do tempo.
Um trabalho importante considerando que Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro com maior população de indígenas, 77 mil índios, ficando atrás apenas do Amazonas que conta com 183 mil, conforme informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Recursos
A pesquisa estadual agropecuária também traz dados animadores para a agricultura familiar através dos R$ 2.147.718,00 captados. Desse total, R$ 1.897.718,00, são provenientes do projeto em pecuária leiteira que inclui a construção de um laboratório, sala de ordenha, reforma de curral e compra de equipamentos de alta tecnologia. O montante é oriundo do Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
Já a outra parte restante, os R$ 250 mil correspondem aos investimentos feitos nas pesquisas em torno do cultivo de maracujá-azedo, guavira, cumbaru, orquídeas, lavoura-pecuária-floresta, e estudos sobre a reprodução de plantas, espécies nativas do Cerrado. Trabalhos que são executados no Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer).
Regularização
“Ainda tivemos um marco interessante nos trabalhos que é a parceria governo do Estado e Incra para titularização de lotes. Estimamos a emissão de cerca de 800 títulos definitivos e 13 mil, títulos provisórios, os chamados Contratos de Concessão e Uso, CCUs. E, esses títulos devem repercutir na circulação de recursos do Pronaf para 2019, visto que é um documento necessário para acesso ao crédito”.
E, os trabalhos da Agência vão muito além com o lançamento do PIN, que é o Portal de Geo Informações da Agraer junto a Semagro, Imasul e mais entidades parceiras. “Há, inclusive todo um trabalho de regularização fundiária junto a Assembleia Legislativa visando à implementação da Lei Federal n.º 13.467/17, quanto à revisão de limites municipais, a regularização de parques ambientais, entre eles o Parque das Nações Indígenas e o Parque dos Poderes”, explica o diretor-presidente da Agraer.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Agraer (Aline Lira)
Foto Capa: Agraer