Em dia de campo, pecuaristas aprendem sobre intensificação da pastagem no Alto Pantanal
No último sábado (16), a Fazenda Cotta, em Rio Verde, foi palco do Dia de Campo "Estratégia de Intensificação à Pasto no Alto Pantanal", reunindo pecuaristas e técnicos em busca de aprimorar o manejo da pecuária na região.
A iniciativa, organizada pela Agraer com o apoio da Semadesc e Governo do Estado, teve como foco principal apresentar os resultados e técnicas de manejo de uma área de 50 hectares de de Panicum maximum cv Massai implantada na propriedade. A área, sob a assistência técnica da Agraer, vem obtendo bons resultados com o pastejo intermitente e lotação variável (pastejo rotacionado).
O Dia de Campo ofereceu aos participantes uma programação completa, com palestras e visitas guiadas à área de manejo.
Na parte teórica, os zootecnistas Vitor Oliveira e João Roberto Felipe, ambos da Agraer, compartilharam seus conhecimentos sobre: “Conceitos de manejo de pastagens” e “Implantação, manejo e perspectivas do pastejo rotacionado intensivo com o capim Massai”, respectivamente. O veterinário da ABPO, Silvio Henrique Ribeiro Beduíno, palestrou sobre a “Produção de carne sustentável no Pantanal”.
Nas visitas à área, os participantes puderam observar na prática os resultados do manejo implantado e tirar dúvidas diretamente com os técnicos.
Alto Pantanal
A intensificação da pastagem no Alto Pantanal apresenta um grande potencial para aumentar a produtividade da pecuária na região. Através do manejo adequado, é possível aumentar a lotação dos animais, reduzir custos e melhorar a qualidade da carne.
As fazendas de pecuária de corte no Alto Pantanal são caracterizadas predominante por grandes áreas e baixa produtividade, devido à utilização de sistemas de produção à pasto, com espécies forrageiras de baixa produção e alta rusticidade, resultando em baixa capacidade de suporte e baixa taxas de lotação.
Nesse contexto, destaca-se Braquiaria humidícula, que possui baixa qualidade nutricional, mas é tolerante à encharcamento por períodos curtos. Isso faz com que sua utilização seja confortável para os sistemas de produção e cultura local.
Entretanto, é possível encontrar glebas drenadas que possibilitem a adoção de espécies de gramíneas mais produtivas e de melhor qualidade nutricional, oportunizando o aumento da capacidade de lotação da fazenda, ou até mesmo, o descanso das áreas menos produtivas no período das áreas.
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