Panificação gerou renda e impulsionou sonhos de agricultora familiar em Anastácio
Há 23 anos no Assentamento Monjolinho, a agricultora familiar Vera Regina Francisco tem como fonte de renda a bovinocultura leiteira e a produção de panificados para comercialização na Feira Municipal da Agricultura Familiar e da Economia Solidária de Anastácio-MS, em comércios da região ou sob encomenda para os clientes.
Seu dia começa às quatro horas da manhã quando levanta para participar de suas aulas no curso superior de gastronomia, realizado na modalidade online. O curso é um sonho que ela conseguiu realizar antes de completar os 50 anos de idade e, a partir dele, ela já planeja outras inovações culinárias para oferecer ao seu público.
Ainda pela manhã, acompanhada pelo esposo Edilson Anhezini Francisco, Vera tira o leite de seu rebanho para venda na bacia leiteira do município. A partir daí, o marido segue para os trabalhos no campo e ela se dedica à produção de pães, bolachas e outras delícias que aprendeu inicialmente com a participação no Clube de Mães da Associação Monjolinho e com cursos oferecidos pela extensão rural da Agraer. O esposo ainda a auxilia nessas atividades e durante as vendas na feira.
Por meio da associação e da implantação de uma horta em seu lote, a agricultora familiar iniciou seu trabalho na feira até ter condições de adquirir seu próprio ponto, inicialmente com a venda de hortícolas.
Uma data marcante para a produtora é o dia 26 novembro de 2019, foi quando o casal adquiriu seu primeiro veículo por meio da renda obtida com as vendas na feira da agricultura familiar. Esse é o meio de transporte utilizado até hoje para a comercialização dos produtos.
Atualmente ela comercializa, por semana, aproximadamente 50 pães caseiros, 6 roscas, 80 pacotes de bolachas, 35 pacotes de chipa e 10 cucas. “E graças a Deus eu vendo tudo”, afirmou Vera.
Acompanhados pelos servidores da Agraer há mais de uma década, a dona Vera e o Edilson, receberam a assistência técnica para as divisões de pasto, a plantação de cana-de-açúcar e de capim Napier para alimentação do gado; o plantio de uma horta para vendas na feira e, mais tarde, auxílio com a padronização de receitas, a gestão e as boas práticas de panificação.
“Nós fizemos projetos para o Pronaf A, Pronaf AC, trouxemos calcário, mudas de Capiaçu e vários projetos para o desenvolvimento do sítio”, destacou a gestora sócio-organizacional Jane Cléia Klein Silveira da Silveira que acompanhou de perto o crescimento do sítio.
Texto e fotos: Fládima Christofari/Agraer
Yorumlar