Cultivo de tomate protegido sem solo: menos defensivos, mais produtividade
No cultivo do tomateiro, sem solo, as plantas desenvolvem-se em vasos ou sacos de cultivo contendo um substrato. Suas necessidades hídricas e nutricionais são providenciadas por meio de uma solução nutritiva. Podem ser usados como substitutos materiais como fibra da casca de coco (ideal para a região Nordeste), areia, vermiculita, casca de arroz carbonizada, casca de pinus e outros.
Conforme o pesquisador Fábio Miranda, da Embrapa Agroindústria Tropical, os benefícios esperados com a adoção de tal medida são: melhor controle da irrigação e nutrição, resultando em maior produtividade da cultura; redução do uso defensivos agrícolas (herbicidas, nematicidas, fungicidas e inseticidas); maior eficiência do uso da água e de fertilizantes; de frutos mais uniformes, com maior qualidade e maior valor comercial; e redução de custos com mão de obra em virtude da eliminação ou redução de práticas culturais como as pulverizações.
Além disso, cultivo ser feito em qualquer época do ano e em locais ou com patógenos de solo, como nematoides, fungos ou bactérias. Na região da Serra da Ibiapaba, no Ceará, as colheitas de tomate salada ou cereja produzido em substrato de fibra de coco iniciam de 55 a 60 dias após o transplante das mudas para os vasos ou sacos.
Dos tratos culturais, estendem-se até 160 a 180 dias após o transplante, podendo ser feitos até dois plantios por ano. A média obtida, em dois plantios consecutivos, varia de 80 toneladas por hectare de tomate cereja a 140 hectare de toneladas de tomate cereja por ciclo.
Ainda de acordo com o pesquisador, a produção comercial foi realizada em dois plantios consecutivos em uma estufa de 2.500 m² pode atingir cerca de 40 mil quilos de tomate cereja por ano ou 70 mil quilos de tomate cereja por ano. No cultivo em estufa e sem solo, o uso de nematicidas e herbicidas é de cultivo, fazendo com que o uso do campo fungicidas seja reduzido em relação ao cultivo em aberto 90% em relação ao cultivo em aberto
O produtor de tomate e proprietário da Estufa Timbaúba, Julião Soares, faz um balanço do experimento em sua propriedade: "Nós plantamos antes, em campo aberto, mas em grande quantidade de terra, com pouca produtividade. Vimos, a partir da visita às feiras do setor, que seria possível plantar em um espaço mais compacto com maior produtividade. Isso nos chamou atenção. Apostamos e deu certo".
Fonte: Ricardo Moura/Embrapa Agroindústria Tropical
Foto: Embrapa
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