Uso de porta-enxerto em projeto da Agraer estimula a produção de lima ácida tahiti
No dia 8 de junho é comemorado o Dia do Citricultor. A data foi criada em 1969 para relembrar a importância desse produtor responsável por cuidar das plantações e de frutas cítricas como laranja, limão, lima, tangerina, abacaxi e acerola.
Com o objetivo de estimular a produção citrícola no Estado, José Ubirajara Coelho Júnior, conhecido como Bira, tem mestrado em Produção e Gestão Agroindustrial, é engenheiro agrônomo na Agraer e inaugurou o projeto Lima Ácida “Tahiti”, em 2019, oferecendo auxílio aos agricultores que almejam começar uma citricultura em assentamentos localizados na capital e região.
Aracelly Barbosa Pereira é uma das produtoras rurais contempladas com o projeto. Em sua propriedade no assentamento Bosque dos Lírios II, da associação da Fazenda Caroline, próximo a Campo Grande, foram plantados dois mil pés de lima ácida tahiti com o uso de porta-enxerto flying dragon.
A flying dragon é uma espécie de porta-enxerto utilizada na propagação de citros e que induz o nanicamento das copas das árvores. “Por causa da característica fisiológica ananicante, a planta não forma muita copa, sendo possível colocar uma quantidade de plantas maior por hectare”, explicou Bira.
O adensamento de plantio ocasionado pelo uso de porta-enxerto, é uma estratégia adotada para ampliação da produtividade na citricultura, principalmente em pequenas propriedades rurais. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Fruticultura, o benefício proporcionado pelo porte ananicante é a viabilização de um espaçamento menor entre as plantas e, consequentemente, a instalação de um maior número de árvores, por hectare, podendo propiciar maior produção por unidade de área.
Bira detalhou que nas propriedades em que o projeto é desenvolvido, foi mantido um espaço padrão entre as plantas. “Com o uso do porta-enxerto, durante o plantio, temos cinco metros de distância entre os filetes e dois metros de espaço entre as árvores”, afirmou.
No sítio do senhor Anderson Gil Marques, no assentamento São Luiz, em Campo Grande, a técnica de porta-enxerto flying dragon também foi implantada no pomar de lima ácida tahiti. O plantio das primeiras 500 mudas começou em 2020 e atualmente são mil limoeiros em dois hectares da propriedade.
“O Bira foi quem me auxiliou desde o início, ele que orientou como que tinham que ser feitos o plantio, a cova, o espaçamento e o gotejo, além das orientações sobre a adubação e o uso de defensivos, nossa expectativa é colher de 15 a 30 quilos por pé na próxima safra”, pontuou Anderson.
De acordo com dados fornecidos pelos escritórios da Agraer, em 2021, mais de 245 mil quilos de limão foram produzidos nas regionais atendidas pela Agência. O município de Jaraguari ocupou o primeiro lugar do levantamento, com 22 mil quilos de produção do cítrico.
Texto e fotos: Igor Moura/Assessoria de Comunicação Agraer
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