Agricultores do Avaré buscam orientação para plantio de urucum

Com acompanhamento da Agraer, agricultores familiares do assentamento Avaré iniciaram o plantio de vinte e quatro hectares de urucum, distribuídos em doze propriedades.
“Alguns produtores procuraram o escritório da Agraer de Ribas do Rio Pardo para serem orientados quanto a melhor maneira de iniciar a atividade”, comentou o técnico e coordenador municipal da agência, Luiz Roberto dos Santos.
A Agraer, por sua vez, organizou uma caravana e levou os produtores até o município de Nova Alvorada do Sul. “Na cidade houve um encontro de produtores da região, técnicos, compradores da semente e representantes da ‘Urucum do Brasil’, empresa que comercializa o grão. Além disso, foi feita uma visita a lavoura de urucum da agricultora Rosane Talaska, do assentamento Pana”, informou o técnico.
Segundo Luiz Roberto, a prefeitura através do Departamento de Fomento a Agricultura ainda deu apoio aos agricultores com maquinário. “Uma patrulha mecanizada foi deslocada para fazer o preparo do solo antes do plantio”, disse ele que, também, destacou a importância dos agricultores em investir no urucum.

“Os produtores do Avaré têm como atividade única a bovinocultura mista, leite e corte. Porém, com as pastagens degradadas, o baixo volume de leite e a distância do centro de comercialização fazem com que a renda seja muito baixa e isso os desestimula. Com o cultivo do urucum, além de outras atividades que estão sendo fomentadas, o agricultor tem a oportunidade diversificar a produção, e consequentemente, melhorar a renda familiar”.
O presidente da Associação dos Produtores do Assentamento Avaré, Nicanor Athaíde da Silva, acreditar ser importante essa diversificação. “O plantio de urucum permite que as famílias possam permanecer no lote, sem a necessidade de trabalhar fora da propriedade para complementar a renda”.
De acordo com o Centro de Horticultura – Setor Plantas Aromáticas e Medicinais do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em São Paulo, o mercado de urucum corresponde a 90% do total do consumo de corantes naturais no Brasil e a 70% de corantes naturais no mundo. No País, cerca de 40% da colheita brasileira são utilizadas na extração de bixina (o corante), 50% para a produção de colorífico e 10% para outras aplicações.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Agraer