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8 de Março: Cidinha, um exemplo de resiliência e superação para todas as mulheres



A conquista de espaço pela mulher ao longo dos anos é um fato inegável. Sua presença se faz cada vez mais marcante em diferentes áreas da vida, dividindo seu tempo e energia entre o trabalho, a casa, a família e os amigos. Uma dessas mulheres é a Maria Aparecida de Jesus da Silva Naleto, a Cidinha. 


Servidora pública de Mato Grosso do Sul há 40 anos, sendo 33 dedicados à Secretaria geral do Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer (Cepaer), Cidinha é responsável por toda a parte burocrática que envolve a pesquisa. Ela é um exemplo de profissionalismo e dedicação.


“Nesses 40 anos, precisei evoluir com a tecnologia. A todo tempo precisei me aprimorar e ser flexível para acompanhar o desenvolvimento. Em 1983, quando entrei no governo do Estado tinha apenas uma máquina elétrica”, relembra. 



Como tantas outras mulheres, a servidora enfrentou a árdua tarefa de equilibrar suas responsabilidades profissionais com a criação de seus filhos. “Precisava ir trabalhar e deixar os filhos na creche ou com babá que nem conhecia direito. Mas, graças a Deus, pude formar meus filhos com o trabalho que desenvolvi na Agraer e aprendi a amar o que faço. Tenho gratidão pelo Estado e pelos amigos de trabalho, que me ajudaram a ser uma pessoa melhor. Minha gratidão também a diretoria do Sinterpa pela confiança, pois sou delegada sindical há alguns anos e estamos juntos representando os servidores”.


Desafios


Cidinha celebra a mulher que se tornou: forte e realizada: “Sou esposa, mãe e profissional realizada. Formei meus filhos na melhor universidade do Estado e sinto “orgulho” do que conquistei. Mas foi preciso ser resiliente e, por muitas vezes, ter paciência. Costumo dizer que a mulher precisa trabalhar o equilíbrio entre família e a área profissional, porque sempre estamos numa verdadeira corda bamba”.


Mas ela reconhece que sua trajetória de sucesso não seria possível sem o apoio fundamental de seu esposo e filhos, que dividem as responsabilidades, permitindo que ela conciliasse seus sonhos com a vida pessoal.



Luta


De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Lloyd's Register Foundation (LRF) e Gallup, mais de uma em cada cinco pessoas empregadas (quase 23%) sofreram violência e assédio no trabalho, seja físico, psicológico ou sexual. Apesar desses números e da realidade de outras mulheres, Cidinha disse que nunca sofreu assédio ou qualquer outro tipo de violência no trabalho.


“Sempre fui abençoada, por onde passei nunca tive problema. Mas sei que a luta das mulheres precisa continuar pelo fim da violência, pela equiparação salarial e por espaço e valorização. Sempre vejo que as mulheres se qualificam mais, estão sempre se aprimorando, e não podemos baixar a guarda, só estamos em busca do nosso espaço e valorização”, comenta. 


Cidinha lembra ainda que para acabar com essa violência contra a mulher é preciso mais amor e isso precisa vir de casa, da educação desde pequeno: “Ensino para o meu filho a olhar as outras mulheres como olha a sua mãe e irmã, sempre com respeito. A educação masculina precisa vir do lar, do exemplo dos pais”.



Inspiração


Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, Cidinha quis deixar um recado de força e inspiração para todas as mulheres: “Eu desejo que todas se olhem no espelho e reconheçam a sua força, porque nós conseguimos chegar onde queremos. Nunca desista do seu sonho e da sua capacidade. Somos guerreiras, batalhadoras e vencedoras”.


Mesmo tendo iniciado a jornada profissional aos 12 anos, Cidinha com 63 anos não pretende parar de trabalhar tão cedo. Mesmo aposentada, optou em continuar na ativa. E, com essa história de amor, força e superação, o Sinterpa deseja um Feliz Dia das Mulheres e reafirma seu compromisso em continuar a luta por igualdade de gênero. 


Fotos: Arquivo Pessoal

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