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Dia de Campo reforça importância da PDOA e destaca potencial da ovinocultura na agricultura familiar

  • tatianamartins3
  • 27 de nov.
  • 3 min de leitura
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Na manhã desta quarta-feira (26), no sítio Terra Prometida, do assentamento Estrela Campo Grande, localizado às margens da BR-262, recebeu cerca de 150 pessoas entre produtores rurais, especialistas e autoridades para o “Dia de Campo de Ovinocultura”. A iniciativa foi realizada pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), com apoio da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Governo do Estado.


Durante o evento, a zootecnista da Agraer, Thainara Rocha, apresentou o modelo PDOA – Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate – que desde 2013 atua como política pública para facilitar o comércio de animais. “A PDOA recebe ovinos de diferentes propriedades e realiza o embarque para frigoríficos. Mesmo quem tem poucos animais pode participar, formando lotes maiores, o que favorece a negociação. O pagamento é feito de forma igualitária, pelo volume total embarcado. Aqui, nesta PDOA, temos capacidade para embarcar até 100 animais por remessa, com previsão de chegar a 200”, destacou.


Segundo Thainara, além da organização logística, é preciso adequar a produção ao padrão exigido pela indústria. “Não é qualquer animal e não é qualquer peso. Vamos trabalhar padronização, volume e frequência de entrega. A atividade com ovinos permite iniciar com baixo investimento, pode ser conduzida em pequenas áreas e com mão de obra familiar. Isso faz com que o pequeno produtor consiga caminhar com autonomia”.



Na abertura, o diretor-executivo da Agraer, Leandro Tortosa, destacou a relevância da PDOA enquanto política pública de fortalecimento da agricultura familiar. “Quando implantamos uma PDOA, criamos um espaço coletivo para que diversos produtores tenham condições sanitárias, logísticas e de bem-estar animal que, isoladamente, não conseguiriam atender. Isso permite que eles negociem diretamente com a indústria”.


Tortosa ressaltou ainda o papel dos extensionistas no desenvolvimento do projeto. “Recursos financeiros são fundamentais, mas sem o recurso humano nada evolui. A extensão rural permite que projetos saíam da gaveta e se tornem ações concretas para melhorar a vida das pessoas e fortalecer as cadeias produtivas”.


A dirigente da Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais, Karla Nadai, destacou o apoio do edital, em 2025, financiado pela Semadesc via SEAF, com investimento de R$ 6 milhões para execução de 86 projetos em 22 municípios.


“A Seaf foi responsável pelo repasse dos recursos para que a Fundect pudesse viabilizar esses projetos e também atuamos na seleção e no acompanhamento. Hoje monitoramos esses 86 projetos, com relatórios técnicos e avaliação contínua. Esse evento reflete como os investimentos públicos se transformam em ações efetivas para o desenvolvimento rural”.



O produtor Irineu Santos, da Estância Pôr-do-Sol, de Ribas do Rio Pardo, trabalha com ovinos há quatro anos e relatou como a atividade impactou sua rotina. “Começamos quase por acaso, com uma única ovelha. Hoje vejo que é um setor com retorno rápido e mais fácil de manejar do que o gado. A proposta da PDOA é a melhor coisa, porque não precisamos nos preocupar com o abate. A gente entrega os animais e o processo é feito de forma conjunta, facilitando para o produtor”.


Já Margarete Regina de Melo, da Fazenda Pontal das Águas, vizinha ao local do evento, avalia a criação como alternativa econômica e também turística. “Estamos há um ano com ovinos. Além de atrair turistas, é uma atividade que pode empregar mão de obra feminina e tem baixo custo. Esse evento foi nota 10. Nos aproxima dos vizinhos, fortalece parcerias e traz conhecimento para aprimorar o manejo e a qualidade do rebanho. Saio daqui muito motivada”.


As atividades iniciaram às 9h, logo após a abertura oficial do evento, com a palestra conduzida pelo médico veterinário Osvaldo Rodrigues, que abordou o tema “Do campo ao gancho: bem-estar, pré-abate e qualidade da carcaça”. Em seguida, os presentes acompanharam a apresentação prática “Funcionamento da PDOA e classificação de animais para embarque”, ministrada pela médica veterinária Ana Cristina Bezerra, encerrando a programação às 11h.


Por: Comunicação da Agraer Fotos: Agraer

 
 
 

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