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Audiência pública debate sistema público de Ater e valorização dos extensionistas rurais


Orçamento para o sistema público de Ater, qualificação dos profissionais e valorização do trabalho de extensão rural foram alguns dos pontos debatidos em uma audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O debate ocorreu na última quinta-feira (14) para tratar sobre o serviço público de Ater.


Natalino Avance, presidente da Asbraer, apresentou o cenário da situação de trabalho das empresas públicas, destacando a proporção entre agricultores atendidos e extensionistas. “Esse número [de extensionistas] já chegou a mais de 16 mil das entidades oficiais. Então, é inversamente proporcional à evolução da agricultura”. Atualmente, a rede pública de Ater conta com 13.690 extensionistas.


Avance ainda falou sobre as desigualdades sociais, econômicas e tecnológicas no campo, que afetam, principalmente, os agricultores familiares e o trabalho dos extensionistas, a contribuição histórica da Pesquisa Agropecuária e da Ater pública para transformarem o Brasil em uma potência mundial na produção de alimentos. “A Pesquisa e a Ater pública fazem para o país o que as privadas não podem fazer”, disse Avance, destacando como essencial mais investimentos governamentais para permitir a qualificação e a modernização do serviço da Ater pública.


Segundo o deputado federal Coronel Assis (União-MT), que presidiu a comissão, o investimento federal nas políticas de Ater têm sido cada vez mais reduzido, apesar do sistema atender mais de 2 milhões de produtores ligados à agricultura familiar.


Para o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater/MDA), Marenilson Batista, “a valorização da extensão é super importante para que possamos superar os grandes desafios que o Brasil tem hoje, seja na superação da fome, seja nessas questões das mudanças climáticas”.

Batista lembrou que é a extensão rural quem faz o mapeamento dos agricultores e executa os projetos e, por isso, e apontou a necessidade de mais recursos que fortaleçam o todo o sistema de Ater. “Nós gostaríamos que o sistema de Ater tivesse uma dotação específica. Nós temos a política nacional de Ater que foi criada, temos agência de execução, temos Dater e outras instituições, mas nós não temos orçamento carimbado todo ano, ou seja, como é que você vai constituir um sistema se você não tem um orçamento direcionado para a rede”, concluiu o diretor.



Fonte: Ana Karoliny Barros/Ascom Asbraer

Fotos: Fernanda Karen/Ascom Asbraer

Foto Capa: Freepik

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