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Curvas de nível garantem recuperação de solo na agricultura familiar de Jaraguari



15 agricultores familiares do Distrito de Bonfim, em Jaraguari, têm utilizado a técnica da curva de nível, também conhecida por “terraceamento”, em pequenas propriedades. A intenção é resolver problemas que já são antigos conhecidos da comunidade, como: erosão do solo, assoreamento de córregos e rios, voçoroca, destruição de estradas vicinais, alagamento de casas em período chuvoso, entre outros.


“A curva de nível é tudo na terra porque ela segura a água na área de cultivo e evita problemas de erosão do solo ou enchentes nas casas”, diz o agricultor familiar João Batista, que acompanha os trabalhos das máquinas, em uma área de 13 hectares de sua propriedade, enquanto planeja os próximos passos de trabalho. “A chácara tem 35 hectares e o terreno tem muito declive, então, sem curva de nível, a água da chuva leva tudo embora, joga terra no córrego. Já com o terraceador a gente consegue preparar a terra e eu posso pensar em reformar a pastagem, cuidar do plantio das ramas de mandioca”.


Investimento técnico que chegou aos pequenos produtores do Distrito de Bonfim sem comprometer o orçamento familiar, isso porque todo o maquinário – terraceador, trator, caminhão e escavadeira – é cedido sem custos aos produtores. Algo que só é viável graças à parceria entre a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e a Prefeitura de Jaraguari por meio do Projeto Fertivida (Projeto Municipal de Incentivo a Fertilização e Conservação do Solo e da Água).


A curva de nível ou terraço é uma técnica conservacionista muito utilizada em áreas com declive para reter a água da chuva em área de cultivo e com isso promover a proteção do solo e áreas de nascentes. Na prática, trata-se da construção de linhas horizontais, canais ou aterros, no sentido transversal a inclinação do terreno, com espaçamentos dimensionados para diminuir o fluxo da água e minimizar a remoção de nutrientes e sedimentos.


“Digo que é um prêmio que chegou porque as curvas de nível trouxeram qualidade para o solo. A gente pode ver o investimento em insumos ficar na terra, antes qualquer grande chuva que dava, acabava que ia tudo embora com a água que caía, pegava velocidade e formava correnteza. Era um transtorno na região”, conta o agricultor Francisco Lúcio de Assis.


“Com as curvas de nível a expectativa é resolver os problemas das erosões na região e tornar algumas propriedades como unidade de referência para que mais agricultores familiares conheçam o Projeto Fertivida e busquem os serviços de assistência técnica”, enfatiza o gerente regional da Agraer de Campo Grande, Valdecir Alves.



Fotos: Aline Lira e Cynthia Roberti (Agraer)

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