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Unicef: 41% dos jovens brasileiros deixaram de comer frutas e hortaliças durante a pandemia


No Brasil, 41% dos jovens, entre crianças e adolescentes em idade escolar, deixaram de comer frutas e hortaliças durante a pandemia de Covid-19. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).


Esse foi um dos temas debatidos no seminário “Frutas e Hortaliças – Por que comer mais?”. O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e o representante adjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Gustavo Chianca, defenderam o aumento do consumo de frutas e hortaliças durante o evento organizado para debater os hábitos de consumo desses alimentos.


As Nações Unidas definiram em 2021 o “Ano Internacional das Frutas, Legumes e Verduras”. Diante do desafio de trazer esses alimentos para a opinião pública, João Martins e Gustavo Chianca falaram sobre estratégias para garantir a segurança alimentar da população brasileira e mundial.


Destaques

João Martins destacou que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas e tem peculiaridades que permitem a oferta de uma ampla variedade de produtos. “Temos que fazer um esforço para que nossa população consuma mais frutas e hortaliças e também para ocupar um lugar de mais destaque na exportação”, ressaltou Martins.


O presidente da CNA reforçou a importância das frutas e hortaliças para a garantia da nutrição, em quantidade e qualidade, e na produção sustentável de alimentos. Trouxe também a relevância de hortifrútis na balança comercial brasileira.


Gustavo Chianca reiterou o papel das frutas, legumes e verduras na alimentação humana, mas alertou que o consumo diminuiu na pandemia. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil, 41% dos jovens brasileiros, entre crianças e adolescentes em idade escolar, deixaram de comer esses produtos nesse período. A questão da fome mundial foi outro problema citado por Chianca.


Nesse contexto, o representante da FAO afirmou que o Brasil tem um papel chave na segurança alimentar no mundo, abastecendo muitos países que não têm como produzir, mas possuem recursos para comprar alimentos de países produtores.


Palestra magna

O oficial de Nutrição do escritório da FAO para a Mesoamérica, Israel Ríos Castilho, traçou um panorama geral da disponibilidade e hábito de consumo de frutas e hortaliças no mundo. De acordo com ele, há um bilhão de pessoas no mundo com insegurança alimentar. O Brasil responde por 23,5% desse total (quase 50 milhões de pessoas). Na América Latina e Caribe, esse número é de 268 milhões de pessoas.


Na visão de Castilho, alguns desafios precisam ser superados para promover o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. Um deles é a redução do desperdício de alimentos. Outro, é a redução do custo.


Castilho falou de como a CNA e a FAO querem promover o aumento do consumo de frutas e hortaliças, mas também propõem uma série de ações voltadas à expansão da produção, de forma sustentável, para que haja maior disponibilidade para o mercado interno e externo. Ele também ressaltou a importância da conscientização sobre os benefícios desses alimentos para a saúde, seja reduzindo, prevenindo e ou controlando doenças, além da troca de experiências e da discussão de políticas para a redução da fome e da insegurança alimentar.


Clique aqui para assistir ao Seminário “Frutas e Hortaliças – Por que comer mais?”.


Foto: PublicDomainPictures/Pixabay

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