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Engenheiros Agrônomos: A ponte entre conhecimento, alimento e sustentabilidade

  • tatianamartins3
  • há 6 dias
  • 4 min de leitura
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O Dia do Engenheiro Agrônomo é celebrado com destaque para a atuação fundamental desses profissionais que garantem a ponte entre o conhecimento técnico e a produção de alimentos no país. Na Agraer, em Mato Grosso do Sul, a dedicação desses técnicos é percebida em diversas frentes, desde o apoio direto à agricultura familiar até a gestão de grandes projetos ambientais.


O Sinterpa homenageia esses profissionais através de dois experientes engenheiros: Izabel Cristina Correia Leandro Pereira e Oscar Serrou Camy Junior, que compartilham suas trajetórias e a visão sobre o futuro da profissão.


A Missão da Agronomia: Alimento, Clima e Sustentabilidade


A importância do engenheiro agrônomo nunca foi tão evidente quanto na sociedade atual. Com as mudanças climáticas e o crescimento populacional mundial, a demanda por produção de alimentos de maneira responsável e sustentável é urgente.


Izabel Cristina, que se formou pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em 1997 e ingressou no serviço público em 2004, resume o papel central da profissão: “É crescente a demanda por produção de alimentos de uma maneira responsável e sustentável.  E o engenheiro agrônomo faz essa ponte entre o conhecimento técnico e o trabalho do produtor rural, buscando soluções que sejam práticas, mas que sejam eficientes, sustentáveis. A nossa profissão é importante tanto para agora quanto para o futuro”.



Oscar Serrou Camy Junior, formado pela UFMT em 1992 e extensionista rural desde 1998, concorda, enfatizando que o papel do agrônomo é de suma importância em toda a cadeia de produção de alimentos, desde o preparo do solo até a logística. Ele destaca a evolução da área: "O papel do agrônomo é de fundamental importância nesse atendimento dessas necessidades da sociedade, que vem, cada vez, mais cobrando uma produção mais sustentável. A palavra do nosso milênio é sustentabilidade".


Ele ressalta que a visão moderna exige que o profissional se preocupe com as futuras gerações, abandonando a mentalidade de apenas extrair os recursos naturais.


Desenvolvimento Humano e Apoio à Agricultura Familiar


Na Agraer, a atuação dos agrônomos na Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é descrita como um "sacerdócio" e uma missão.


Izabel destaca que o trabalho na ATER é crucial para levar informação, tecnologia e orientação técnica diretamente ao agricultor. Seu foco na agência está em promover o desenvolvimento no campo, sempre buscando a melhoria da qualidade de vida das pessoas.


“Na Agraer, trabalhamos promovendo o desenvolvimento no campo, sempre focando na melhoria da qualidade de vida das pessoas que estão lá. Ajudando o produtor a aumentar a produção dele de maneira sustentável, e para viabilizar isso, ele poder ter acesso a políticas públicas”, disse Izabel. 


Ao relembrar sua trajetória, Izabel conta que, ao entrar na Agraer, trabalhou inicialmente no escritório local em Terenos, atendendo assentamentos da reforma agrária, onde fazia "de tudo um pouco", desde a elaboração de projetos de crédito rural até o acompanhamento das atividades produtivas. Atualmente, ela auxilia no planejamento e na coordenação da execução das políticas públicas voltadas para a agricultura familiar.



Para Oscar, o maior prazer na extensão é o retorno de ver o produtor prosperar: "Não tem prazer maior para um profissional do que ver uma família atendida prosperando, evoluindo na sua relação de produção e entre os entes familiares. Isso tem uma forte atuação do extensionista. Mas nesta área da engenharia agronômica requer atribuições, competências, habilidades do agrônomo específicas para essa atuação como extensionista, porque ele é um promotor constante desse desenvolvimento de uma comunidade rural”, destaca.


Ele enfatiza ainda que essa área exige uma habilidade social humana muito forte, pois é necessário ter a sensibilidade de ouvir toda a comunidade rural e todos os membros da família, garantindo a evolução da unidade familiar. “Uma das maiores dificuldades do ser humano hoje em dia é ouvir o outro. Numa sociedade em velocidade máxima, que a gente não consegue parar nem para se ouvir, muito menos ouvir o outro. Assim, o agrônomo, como extensionista, tem muito dessa característica: ouvir aquela unidade familiar, aquela comunidade rural”, lembra Oscar.


O Foco Ambiental e a Recuperação Hídrica


Oscar Serrou, que é especialista em Manejo de Solos do Cerrado e atualmente está cedido à Semadesc atuando na área ambiental e gerenciando contratos de recuperação de microbacias hidrográficas, destaca que sua jornada na extensão o levou ao foco em microbacias e bacias hidrográficas como unidades de planejamento.



O projeto mais significativo que ele coordenou foi o Projeto Taquari. "Trabalhamos sete microbacias em sete municípios com recursos da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e do governo do estado, e trabalhamos esses componentes: recuperação de solo e água, adequação de estradas, recuperação de APP e voçorocas".


Oscar tem a percepção de que a atuação na bacia hidrográfica é a maneira mais efetiva de garantir a recuperação ambiental e, crucialmente, assegurar a sustentabilidade hídrica. Ele alerta que a questão da água é algo que precisa ser pensado agora, devido às mudanças climáticas.


Ele faz questão de frisar que a produção de alimentos e a preservação ambiental não são excludentes, mas sim, integradas: "Eu estou convencido de que a produção tem uma relação muito íntima com a preservação ambiental. Quando você tem um ambiente equilibrado, a produção econômica de alimentos é beneficiada. O profissional da agronomia, a cada dia que passa, está sendo mais demandado e sendo desafiado a garantir essa produção frente a essas mudanças climáticas".


Mensagem aos Futuros Agrônomos


Ao final, os profissionais deixam mensagens de incentivo e responsabilidade.


Izabel reforça o propósito nobre da Agronomia, que lida com o "bem mais precioso, que é o alimento".


"Para os colegas, eu deixo meu respeito e o incentivo para continuarem sempre com ética e compromisso e paixão pelo que fazem. E para aqueles que estão ainda estudando, é que se preparem, sejam curiosos e valorizem o conhecimento na prática e escutem sempre o nosso produtor rural", destaca Izabel.



Oscar enfatiza que o agrônomo, apesar dos avanços tecnológicos, não pode perder a essência humana: "O profissional não pode virar um operador de um software, de um equipamento e não olhar nos olhos do produtor. Ele não pode perder essa relação humana, porque o agrônomo tem esse contato muito forte com o produtor".


Para os estudantes, Oscar aconselha a importância dos estágios de campo bem conduzidos, que são fundamentais para a formação, aliando-os à sólida base científica adquirida na academia.


Por: Comunicação do Sinterpa

 
 
 

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