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Mudas devolvem árvores nativas a assentamento e geram renda extra para mulheres


A Amam (Associação de Mulheres do Assentamento Monjolinho), em Anastácio, viu na produção de mudas nativas uma forma de recuperar a vegetação do cerrado e gerar renda extra. Com auxílio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), elas obtiveram recursos do Funles (Fundo de Defesa e Reparação de Interesses Difusos e Lesados) para a construção de um viveiro cuja produção está a todo o vapor.


“Eu comecei a perceber que antes eu colhia caixas e mais caixas de pequi perto de casa, mas as árvores morreram todas e agora eu estava indo muito longe encontrá-las. As mangabas também estavam morrendo. Quando soube do projeto, pensei na possibilidade de replantá-las”, disse a presidente da Associação, Maria da Penha Macedo da Cruz.


Os extensionistas auxiliaram na elaboração do projeto, que foi aprovado em edital publicado em 2022.


“No dia de fazer o plantio das primeiras mudas, a Agraer esteve presente e sempre nos está orientando sobre como proceder. Nós já plantamos jatobá, cumbaru, bocaiuva, tamarindo, pequi e imbu. Aproveitando a estrutura, também estamos fazendo mudas de hortaliças e árvores frutíferas, como goiaba”, explica a agricultora familiar.


O espaço foi construído no lote de Maria da Penha porque a Amam não tinha espaço suficiente. Segundo ela, 200 mudas serão divididas entre as associadas para que elas plantem em suas casas. O restante será vendido e a verba revertida para a Amam.


“Atualmente nós fabricamos pães enriquecidos com produtos da agricultura familiar para vender nos editais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Todos os meses, as mulheres recebem um dinheiro para complementar a renda de suas casas. A outra parte vem dos próprios produtos que cada um planta e colhe em sua propriedade”, explica Maria da Penha.


Os recursos do Funles também garantiram maquinários para incrementar a produção dos panificados.


FUNLES

As verbas do Fundo vêm das indenizações, multas e compensações determinadas pela Justiça em ações por danos causados a bens e direitos ou previstas em acordos judiciais, podendo receber também doações e contribuições de pessoas físicas e jurídicas.


Ele é gerido por um conselho encabeçado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).


Os recursos podem financiar projetos em cinco eixos: Meio Ambiente, Consumidor e Ordem Econômica; Raciais, Étnicos e Religiosos; Artístico, Estético, Turístico e Paisagístico; Patrimônio Público e Social.


Texto: Ricardo Campos Jr./Assessoria de Comunicação da Agraer

Fotos: Escritório da Agraer em Anastácio

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