Produtores e especialistas se reúnem no Cepaer para debater o futuro do setor leiteiro
- tatianamartins3
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A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) realizaram, no dia 29 de agosto, no Centro de Pesquisa e Capacitação (Cepaer), em Campo Grande, o I Dia de Campo do Leite. O evento reuniu produtores, técnicos e pesquisadores em uma programação voltada ao fortalecimento da cadeia leiteira no Mato Grosso do Sul.
O dia de campo começou com palestras e visitas técnicas às estações temáticas sobre boas práticas de ordenha, manejo reprodutivo, manejo de pastagens e suplementação animal na seca, conduzidas por especialistas da Agraer, Senar/MS e Embrapa. A programação foi encerrada com uma mesa redonda sobre o Projeto de Melhoramento Genético de Bovinos de Leite – Proleite MS, coordenado pela Semadesc.
"A agricultura familiar é responsável por grande parte do leite que chega à mesa dos brasileiros. Aqui no Cepaer, nossa missão é transformar pesquisa em soluções práticas, que melhorem a produtividade e a renda das famílias no campo. Esse Dia de Campo mostra como ciência e extensão caminham juntas para fortalecer o setor”, disse o diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman.
Pro-Leite MS
Na mesa redonda, o gestor de Políticas Públicas da Cadeia Produtiva do Leite da Semadesc, Orlando Serrou Camy Filho, pontuou sobre a execução do Proleite MS, programa do Governo do Estado que busca elevar a qualidade genética do rebanho leiteiro e que foi lançado neste ano de 2025.
“O Proleite é uma política pública estratégica que prevê investimentos de R$ 70 milhões ao longo de dois anos. O programa foi elaborado em conjunto com a Câmara Setorial da Cadeia do Leite atendendo principalmente os pequenos e médios produtores de 22 municípios que formam os polos leiteiros do Mato Grosso do Sul”, explicou.
Segundo Camy, o objetivo do programa é oferecer acesso a genética de ponta para que o produtor tenha animais mais produtivos e adaptados à realidade de Mato Grosso do Sul. “Isso significa mais competitividade e sustentabilidade para toda a cadeia do leite”, ressaltou.
Controle de Carrapatos
O pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Renato Andreotti, apresentou alternativas de controle do carrapato, um dos principais desafios da pecuária leiteira.
“O carrapato é responsável por grandes perdas na produção. Ao adotar práticas de manejo integrado, o produtor reduz custos, protege o rebanho e garante maior eficiência na produção de leite. A tecnologia está disponível, e eventos como este são essenciais para levar esse conhecimento ao campo”, disse o pesquisador.
Na oportunidade, Andreotti mostrou como um carrapato pequenino pode gerar prejuízos grandes. “Uma vaca mediana pode alojar 40 carrapatos, considerando que um carrapato pode consumir cerca de 0,5 ml de sangue, a vaca pode deixar de produzir 90 litros de leite durante todo o período de lactação. Isso porque o carrapato não apenas suga o sangue como vai estressar o animal, machucar e, consequentemente, pode trazer doenças como anemia e tudo isso pode impactar na saúde e produção do animal”.
Por: Comunicação da Agraer Fotos: Aline Lira, Agraer
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